O primeiro filme foi lançado em 1979, com a célebre frase "No espaço, ninguém pode ouvir você gritar." O filme de debute de Ridley Scott no cinema americano hoje tem o status de clássico pela importância que ele teve nesse tipo de ficção científica.
A sinopse é bem simples, um grupo de astronautas encontra um organismo estranho em um planeta, esse organismo acaba infectando um dos tripulantes e dessa infecção nasce um ser macabro que cresce e começa a matar o restante da nave.
Mesmo com a história simples, Ridley Scott conseguiu criar um ambientepropício a pequenos sustos em seus corredores escuros e enferrujados, e com toda a claustrofobia da nave Nostromo. A criatura em si quase não aparece, o que deixa tudo ainda melhor.
Foi um excelente pontapé inicial para a franquia, em um filme bem mais sombrio que os filmes da época. Confesso que é um filme difícil de se ver atualmente, principalmente por seu ritmo extremamente lento. Mas foi o alicerce necessário para a saga.
Em 1986, chegou James Cameron e pegou a excelente ideia de Scott e expandiu transformando-o em uma obra prima. Sigourney Weaver passou de coadjuvante e virou uma grande protagonista. Dessa vez a Ten. Ripley tem que voltar ao planeta onde encontrou o Alien para confrontar seus medos, acompanhada de um grupo de fuzileiros para sua proteção.
James Cameron consegue adicionar grandiosidade na produção sem perder o lado de suspense intimista criado por Ridley Scott. Nesse filme conhecemos a Alien Rainha, o lugar monstruoso de onde vem aquela porrada de ovos.
Existe é claro, uma mudança de foco, que vai mais pro lado do combate, mas sem abandonar o terror. O elenco está muito bem e consegue se adaptar ao frenesi imparável e o turbilhão de sensações que existe do começo ao fim da projeção. Um filme épico.
Agora vamos ao filme que é a motivação desse post: Alien 3, do estreanteDavid Fincher, foi lançado em 1992 com uma responsabilidade gigante nas costas. Mas os problemas começaram ainda na concepção do roteiro, a primeira versão foi escrita por William Gibson, e seguiria o 2º filme de onde parou, deixando a personagem Ripley de lado e focando nos personagens Hicks (Michael Biehn) e Bishop (Lance Henriksen), terminando com batalhas entre fuzileiros navais e aliens.
Gibson acabou abandonado o projeto, em seu lugar entrou Eric Red para modificar o roteiro e entregar ao diretor Renny Harlin, mais problemas surgiram quando os dois pularam fora do projeto. David Twohy chegou e refez todo o argumento, onde foram implantadas as ideias de planeta prisão e aliens-clones.
Vincent Ward dirigiria essa versão do roteiro, mas não concordou e escreveu seu próprio roteiro. Nada feito com os produtores, ambos fora do projeto. Depois de muita enrolação David Giler e Walter Hill assumiram o último argumento e fizeram suas modificações e entregaram para David Fincher.
Como aconteceram essa porrada de problemas, parte das filmagens foram realizadas sem um script pronto, o que fez com que os produtores usassem ideias dos roteiros anteriores, mau presságio.
Mas vamos ao filme, dessa vez a Ten. Ripley cai em um planeta-prisão, sendo a única sobrevivente da tripulação de sua nave. Rodeada por prisioneiros com orientações religiosas peculiares. Com o tempo ela se dá conta que pode ter trazido um viajante clandestino.
Se formos falar de roteiro, esse é o mais fraco entre os três primeiros, a execução também deixou a desejar, apelando para os sustinhos automáticos, característicos do terror moderno. Os conflitos na produção também prejudicaram os efeitos especiais, que foram feitos e adicionados de maneira apressada e genérica.
Os pontos positivos ficaram á cargo das cenas de ação, ao retorno do conceito de 1 Alien que toca o terror e ao corajoso final da Ten. Ripley. Apesar de ser bem inferior aos antecessores, não é um completo desperdício de tempo, e vamos concordar que o pior ainda estava por vir.
E veio em 1997, sob a baqueta de Jean-Pierre Jeunet, e santo Deus... o filme anterior não tinha sido tão bom mas, a ganância de extrair cada centavo das grandes franquias falou muito mais alto. A minha memória tenta ignorar a existência dos clones da Ten. Ripley, me perdoem por isso.
A carreira cinematográfica do Alien ainda conta com duas películas chamadas Alien Vs Predador 1 e 2, e seu prequel Prometheus, que tem seus problemas, mas não deixa de ser um bom filme.
fonte: fokanavida
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