quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A Maldição do Terceiro Filme: Alien



Estamos de volta com o quadro mais controverso desse humilde blog, o que mais me traz e elogios, e ao mesmo tempo o que mais me traz xingamentos, é claro que eu estou falando da Maldição do Terceiro filme, que vai falar hoje de uma das ficções científicas mais aclamadas pelos fãsAlien

O primeiro filme foi lançado em 1979, com a célebre frase "No espaço, ninguém pode ouvir você gritar." O filme de debute de Ridley Scott no cinema americano hoje tem o status de clássico pela importância que ele teve nesse tipo de ficção científica. 

A sinopse é bem simples, um grupo de astronautas encontra um organismo estranho em um planeta, esse organismo acaba infectando um dos tripulantes e dessa infecção nasce um ser macabro que cresce e começa a matar o restante da nave. 


Mesmo com a história simples, Ridley Scott conseguiu criar um ambientepropício a pequenos sustos em seus corredores escuros e enferrujados, e com toda a claustrofobia da nave Nostromo. A criatura em si quase não aparece, o que deixa tudo ainda melhor. 

Foi um excelente pontapé inicial para a franquia, em um filme bem mais sombrio que os filmes da época. Confesso que é um filme difícil de se ver atualmente, principalmente por seu ritmo extremamente lento. Mas foi o alicerce necessário para a saga.


Em 1986, chegou James Cameron e pegou a excelente ideia de Scott e expandiu transformando-o em uma obra prima. Sigourney Weaver passou de coadjuvante e virou uma grande protagonista. Dessa vez a Ten. Ripley tem que voltar ao planeta onde encontrou o Alien para confrontar seus medos, acompanhada de um grupo de fuzileiros para sua proteção. 

James Cameron consegue adicionar grandiosidade na produção sem perder o lado de suspense intimista criado por Ridley Scott. Nesse filme conhecemos a Alien Rainha, o lugar monstruoso de onde vem aquela porrada de ovos.


Existe é claro, uma mudança de foco, que vai mais pro lado do combate, mas sem abandonar o terror. O elenco está muito bem e consegue se adaptar ao frenesi imparável e o turbilhão de sensações que existe do começo ao fim da projeção. Um filme épico. 

Agora vamos ao filme que é a motivação desse post: Alien 3, do estreanteDavid Fincher, foi lançado em 1992 com uma responsabilidade gigante nas costas. Mas os problemas começaram ainda na concepção do roteiro, a primeira versão foi escrita por William Gibsone seguiria o 2º filme de onde parou, deixando a personagem Ripley de lado e focando nos personagens Hicks (Michael Biehn) e Bishop (Lance Henriksen), terminando com batalhas entre fuzileiros navais e aliens


Gibson acabou abandonado o projeto, em seu lugar entrou Eric Red para modificar o roteiro e entregar ao diretor Renny Harlin, mais problemas surgiram quando os dois pularam fora do projeto. David Twohy chegou e refez todo o argumento, onde foram implantadas as ideias de planeta prisão e aliens-clones. 

Vincent Ward dirigiria essa versão do roteiro, mas não concordou e escreveu seu próprio roteiro. Nada feito com os produtores, ambos fora do projeto. Depois de muita enrolação David Giler e Walter Hill assumiram o último argumento e fizeram suas modificações e entregaram para David Fincher


Como aconteceram essa porrada de problemas, parte das filmagens foram realizadas sem um script pronto, o que fez com que os produtores usassem ideias dos roteiros anteriores, mau presságio. 

Mas vamos ao filme, dessa vez a Ten. Ripley cai em um planeta-prisão, sendo a única sobrevivente da tripulação de sua nave. Rodeada por prisioneiros com orientações religiosas peculiares. Com o tempo ela se dá conta que pode ter trazido um viajante clandestino. 


Acontecem algumas mudanças no design do Alien, que passa a ser um quadrúpede, por ter sido "gestado" dentro de um cachorro. Bem, eu não gostei da maneira com que Fincher simplesmente descartou os coadjuvantes do filme anterior, com os quais os fãs se importavam bastante. 

Se formos falar de roteiro, esse é o mais fraco entre os três primeiros, a execução também deixou a desejar, apelando para os sustinhos automáticos, característicos do terror moderno. Os conflitos na produção também prejudicaram os efeitos especiais, que foram feitos e adicionados de maneira apressada e genérica.


Os pontos positivos ficaram á cargo das cenas de ação, ao retorno do conceito de 1 Alien que toca o terror e ao corajoso final da Ten. Ripley. Apesar de ser bem inferior aos antecessores, não é um completo desperdício de tempo, e vamos concordar que o pior ainda estava por vir. 

E veio em 1997, sob a baqueta de Jean-Pierre Jeunet, e santo Deus... o filme anterior não tinha sido tão bom mas, a ganância de extrair cada centavo das grandes franquias falou muito mais alto. A minha memória tenta ignorar a existência dos clones da Ten. Ripley, me perdoem por isso. 


A carreira cinematográfica do Alien ainda conta com duas películas chamadas Alien Vs Predador 1 e 2, e seu prequel Prometheus, que tem seus problemas, mas não deixa de ser um bom filme.
fonte: fokanavida

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