Antes do futebol, havia o remo, natação e atletismo, promovidos por associações de imigrantes. Tradicionalmente, a sociedade brasileira abominava a atividade física, vista como coisa exclusiva de escravos. A capoeira, encarada como um treinamento para a fuga de negros rebeldes, era tratada como problema de polícia. Até a metade do século 19, o sedentarismo era o rei: viajantes estrangeiros notaram que brasileiros evitavam até carregar pequenos pacotes, deixando isso para os escravos. Brincadeiras físicas como a peteca, invenção indígena, eram consideradas apenas coisa de criança.
O preconceito contra atividades físicas começou a ser superado por influência europeia. A Revolução Industrial havia liberado tempo, principalmente das classes médias, o que levou a uma mania por esportes, antes vistos como caprichos da nobreza ociosa ou treinamento militar. O primeiro esporte de massas a aportar no país foi o turfe- onde hoje é o Maracanã ficava o Derby Club, fundado em 1850-, seguido nas décadas seguintes por outras modalidades, algumas das quais não caíram no gosto brasileiro, como rúgbi e o críquete.
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